05 dezembro 2011

Flashes Criativos* (Extra)

Hoje recebi um e-mail com o link para a activação de rua efectuada pela Nokia em Londres no passado dia 28 de Novembro, pelo lançamento do novo Nokia Lumia 800. O que posso dizer é que está excelente e mostra que afinal a Nokia ainda está "viva", esperemos é que não tenha sido tarde demais...

*Pequenos flashes de criatividade e inovação que se cruzam comigo no meu dia-a-dia.

04 dezembro 2011

Flashes Criativos*

Ikea - Campanha de Natal

Peças de Outdoor (concessionária JCDecaux) - Cartazes iluminados à noite.

Spot de Televisão - que já tem gerado alguma discussão nas redes sociais e alguns blogs, no que me diz respeito considero que é excelente, e está completamente em linha com a campanha "A felicidade vem de dentro de casa", que retrata situações reais da nossa sociedade. (podem ver os filmes da campanha aqui)

Criaticidade TBWA
Produção Garage

CTT Expresso

Outdoor no Metro de Lisboa (estação Marquês de Pombal e Alameda / concessionária MOP)

Fotos por Pedro Amorim


Optimus

Outra campanha que tem gerado alguma discussão nas redes sociais e não só é a campanha da nova assinatura da Optimus: "O que nos liga é Optimus" e devo dizer que considero esta, uma das melhores campanhas da Optimus, porque transmite realmente uma sensação de ligação. Depois de ter visto o filme da Budweiser, tenho a dizer que o que une estes dois anúncios é a música em comum, porque a encenação e a ideia a transmitir é diferente. E mesmo que o da Budwiser tenha servido de inspiração, quem é que nunca partiu de uma ideia já existente para criar algo de novo, eu já e vocês?



Deixo ainda o flash mob feito pela marca - "Neste Natal, o Miguel ligou-se a 280 músicos para fazer um flash mob inesquecível."
.


*Pequenos flashes de criatividade e inovação que se cruzam comigo no meu dia-a-dia.
  Nota: Fotos da minha autoria, excepto as que apresentam indicação do autor.

13 outubro 2011

Flashes Criativos*

Acção com Post Its de abertura de nova loja Pingo Doce e Outdoor do Banif nas Amoreiras:



 Acção da Fox Life de promoção das séries Mildred Pierce e Dowtown Abbey:

                        Foto acima tirada por Isabel Afonso (retirada daqui)

Acção do National Geographic Channel de promoção séries documentais sobre a vida atrás das grades, na estação do Marques de Pombal durante todo o mês de Outubro:


 *Pequenos flashes de criatividade e inovação que se cruzam comigo no meu dia-a-dia.
   Nota: Fotos tiradas com telemóvel.

01 junho 2011

A internet nos dias de hoje e em 2015

O futuro não espera por ninguém está sempre ali, e se para umas coisas o que importa é viver intensamente o presente, para outras convem ter um pézinho no que vem a seguir.

Como é complicado acompanhar tudo e estar sempre alerta, vai-se fazendo o que se pode por isso deixo aqui um vídeo, de visionamento agradável, com números e highlights sobre a internet hoje e do que ainda pode para aí vir, que encontrei em Digital Life da Neo Labels:

03 maio 2011

Considerações finais ou não...

"There has been more change in the media world in the last five years than in the previous 500"
Peter Koran, Presidente da Media & Advertising, IAC

Num mundo em crescente mutação e evolução, as tendências, técnicas e formas de comunicação surgem a uma velocidade estonteante e torna-se cada vez mais difícil acompanhar ou ser o primeiro a adoptá-las.

Estas mudanças na sociedade fazem também com que seja cada vez mais necessário ser-se criativo e inovador na forma como se chega ao consumidor, porém convém perceber que não existem fórmulas mágicas e o que funciona com uma marca e um determinado tipo de consumidor, não tem necessariamente de funcionar com outras marcas ou tipos de consumidor. Isto porque a forma como cada um interage com as marcas é diferente e a própria forma de interacção das marcas com o consumidor é diferente de marca para marca.

Por isso, quando se desenha uma estratégia de comunicação convem conhecer e avaliar as diversas técnicas que estão disponíveis, ponderando todos os prós e contras da sua utilização, nunca esquecendo o historial da marca e o público para quem se vai comunicar, e decidir se determinada técnica se adequa ou não aos objectivos da estratégia e ao perfil da marca e do público-alvo.
O facto de existirem inúmeras técnicas e formas criativas e inovadoras de comunicar não significa que tenhamos de as utilizar todas, mas sim utilizar as que melhor respondem aos objectivos da nossa estratégia.

Por isso, a melhor forma de podermos estar um passo à frente da concorrência é estar atentos às mudanças do mercado e às ideias que surgem e ter uma atitude curiosa e de explorador, mas ao mesmo tempo crítica para poder avaliar as que melhor se adequem a um determinado problema numa determinada altura.

Fecho aqui esta segunda fase deste projecto, mas não irei dá-lo como fechado, irei continuar a alimentá-lo com ideias interessantes, criativas e inovadoras que encontre nas minhas observações do mundo...

Tendências 2011 (TrendHunter)

"Marketers aren't stupid or reactionary. They recognize that the world is quickly changing around them. They are trying to change as well, but a variety of internal and external factors make it dificult to do that very quickly. They're scared and nervous, but that's okay. No one is an expert on all these new trends and no one knows where it's all going. Marketers need to start learning and experimenting because the only sin in social media right now is inaction."


Social Media Marketing

Para uma melhor compreensão do que é o Social Media Marketing convém perceber o que são os Social Media e de que forma surgiram e evoluíram, o que pode ser verificado nos dois quadros abaixo:




Mas também convém entender o que é isto de Social Media e como funciona e que forma mais simples de o perceber do que através do visionamento do vídeo produzido pela Commoncraft:
Agora que já sabemos o que são os Social Media então o que é o Social Media Marketing?
Este é o potenciar das plataformas que os Social Media nos disponibilizam em prol da comunicação das marcas.

Esta técnica de comunicação acrescenta um novo canal poderoso que não altera apenas como se utiliza o mix de opções, mas que cria novas formas de interagir, por exemplo:
  • Permite combinar diversos media – texto, som, vídeo, etc – numa única mensagem, o que pode resultar em comunicação mais direccionada às especificidades de um determinado público-alvo. Em contraste com os mass media, a Internet permite desenvolver comunicações específicas para subsegmentos do mercado de uma organização.
  • É interactiva, envolvendo o seu público activamente,numa comunicação de dois sentidos. Isto requer uma nova maneira de pensar sobre o copy da mensagem publicitaria e ao mesmo tempo de como lidar com a relação com o público. O retorno, é um público alvo auto-seleccionado, envolvido e activamente participante no processo de comunicação.
  • Comunicação de dois sentidos, não é nada de novo, mas esta técnica criou uma nova forma de comunicação de muitos-para-muitos, que permite grupos geograficamente distribuídos comunicarem interactivamente e simultâneamente através de texto, imagem, som e vídeo. Desta forma, já se vê organizações que patrocinam, suportam ou moderam fóruns de discussão sobre assuntos, produtos, estratégias, entre outros temas. Os patrocínios também são feitos em motores de busca, blogs, entre outros que possam ser de interesse para a organização e os seus públicos.
  • É utilizada por muitas organizações como ferramenta de comunicação interna, por forma a facilitar e melhorar o trabalho de equipa. Diversos indivíduos podem trabalhar em diferentes locais nos mesmos documentos, realizar reuniões e integrar resultados de pesquisa.
  • Remove o poder dos gatekeepers da comunicação, quer para os efeitos positivos, quer negativos. A maioria das organizações está habituada a controlar as mensagens que saem para os seus públicos, através dos gestores, porta vozes e outros. Mas com a Internet, os públicos da organização começam a trocar impressões entre si, requerendo novas abordagens e uma nova ênfase no ouvir e reagir, e não apenas no falar.
  • Passa a ter a capacidade de transmitir e receber grandes quantidades de informação de forma rápida de e para os indivíduos e os grupos de trabalho em todo o mundo. Altera as fontes e profundidade do nível de conhecimento dos públicos da organização.
Social Media Marketing é uma técnica de comunicação que quando bem implementada, pode apresentar um ROI (return on investment), muito mais vantajoso que o de técnicas direccionadas para os mass media. Quando bem monitorizada, permite obter dados e reacções imediatas do público, em relação a uma campanha ou mensagem veiculada pela organização. Permitindo ajustar a mesma, imediatamente de forma a se adaptar melhor às especificidades do público-alvo a que se destina.


Como disse acima esta é uma técnica que tem de ser bem controlada e gerida, porque uma marca que decida fazer Social Media Marketing tem de estar preparada para um diálogo aberto com o consumidor, e perceber que para conseguir criar engagement com este tem de produzir conteúdos relevantes para ele e que o mantenham envolvido e em interacção com a marca. Um consumidor altamente envolvido vai estar mais disposto em partilhar e sugerir a marca.

Mas há que ter em conta que num meio como este, uma má experiência de um consumidor pode ter uma projecção catastrófica para a marca, por isso volto a frisar a necessidade de um controlo constante de todo o processo de comunicação nos Social Media.

Os Social Media têm um enorme potencial para as estratégias de Marketing das marcas e a apresentação abaixo, de Stephen Davies da 3WPR explica o que é esta técnica, o que ter em conta e como fazer:
Para finalizar deixo ainda duas apresentações, uma sobre as últimas inovações em Social Media & Digital Marketing, e a outra, sobre 17 Social Media Marketing Trends para 2011:

02 maio 2011

Prosumer & Sellsumer

São muitas as tendências de consumo identificadas no mercado todos os anos, porém neste post irei apenas abordar duas dessas: o Prosumer e o Sellsumer.

Prosumer


Sim eu sei que a maioria já está farto de ver este vídeo, produzido pela empresa de Davide Casaleggio, mas ainda não encontrei outro que no meu ver explique de forma tão completa o que significa isto de se ser um prosumer, ou seja, um consumidor que também produz este conceito pode ser estendido ao facto de produzir conteúdos na web ou de produzir produtos, seja como por exemplo os crafters ou usando plataformas disponibilizadas por algumas marcas que permitem ao consumidor configurar o produto ao seu estilo
O conceito surgiu em 1972, no livro Take Today de Marshall Mcluhan and Barrington Nevitt, onde os autores sugeriram que com a tecnologia o consumidor tornar-se-ia produtor. Porém o termo só surgiu em 1980 com o futurologista Alvin Toffler no seu livro The Third Wave, onde o autor previu o advento do consumidor-produtor e do produtor-consumidor. Muitos outros autores pegaram no tema, mas apenas recentemente começou a ter uma elaboração teórica mais elaborada, muito devido ao boom desta tendência com a proliferação de plataformas na Internet que estimulam este tipo de consumidor, seja através da publicação de blogs, adesão às redes sociais, colaboração nos wiki ou participação em sites de opinião sobre produtos, etc.
A seguinte apresentação explica com recurso a exemplos de que forma o prosumer actua e que plataformas estão à sua disposição para poder dar o seu contributo na produção de conteúdos e produtos.

Um prosumer é um indivíduo que produz e consome informação, usa blogs e redes sociais para falar do que quer, é lido e seguido, aumentando assim a sua rede de influência através e a partir da redes. Percebe de tecnologia e é informado interage com as marcas, opina, é activo, é um agente de grande influência nas compras e hábitos de consumo. É alguém curioso, que descobre novas formas de utilizar os equipamentos e estimulam as indústrias a ir mais além. Um prosumer tem um alto poder de influência no consumo porque opinam e argumentam sobre produtos, marcas, serviços, causas, etc.
Com o boom das redes sociais qualquer um pode ser um prosumer, mais ou menos activo, porém também aumentou a possibilidade de nos cruzarmos com conteúdos que não têm qualquer relevância ou veracidade.

A Euro RSCG criou o Prosumer Report com o intuíto de "Propelling businesses and brands to the future first is the focal point of our work at Euro RSCG Worldwide – and the promise we make to our clients. To that end, we have made Prosumers an ongoing focus over the past decade.
Who are Prosumers? They are the men and women who are influencing markets all over the globe. Empowered by new technologies and improved access to information, Prosumers are highly knowledgeable and demanding consumers. What they are doing today, mainstream consumers are likely to be doing six to eighteen months from now.
Here is our full compendium of Prosumer Reports, with insights and information on a range of categories and topics, from food through to millennials."

Este Prosumer Report permite ainda que cada um de nós descubra o tipo de Prosumer que é, através de um quiz.

A um certo nível posso dizer que sou um Prosumer, produzo conteúdos nos blogs e redes sociais por onde ando, assim como consumo conteúdos produzidos por outros quer em blogs, quer em redes sociais, estabelecendo redes de contactos que a um certo nível me influenciam e que eu também influencio.
E vocês são também Prosumers ou não?


Sellsumer

Em Abril de 2009, Trendwatching.com, empresa independente de observação de tendências, publicou um relatório onde identifica o Sellsumer como o consumidor comum que também faz dinheiro em vez de apenas gastá-lo. O relatório diz que este consumidor vende as suas ideias às empresas, a sua produção criativa a outros consumidores, ou procede ao arrendamento de bens que não utiliza, sendo esta possibilidade facilitada pela democratização do acesso à internet e pela aumento de procura e oferta online, alimentada por uma recessão global que deixou os consumidores com problemas de liquidez.
"The sellsumers phenomenon is yet another manifestation of the mega-trend that is "consumer participation".". Existem hoje em dia, muitas maneiras de as pessoas poderem fazer dinheiro com coisas que eles possuem, seja espaços de estacionamento não utilizados ou o excesso de energia.

Trendwatching.com apresentava nesse relatório os seguintes sites como exemplos de potenciadores desta tendência, possibilitando ao consumidor disponibilizar o que tenha para vender:

Estacionamento - Parkingspots nos EUA e no Canadá põe em contacto quem tem lugares de estacionamento para alugar com quem precisa deles numa base mensal. No Reino Unido, Irlanda, Canadá, EUA, Austrália, Nova Zelândia e Holanda, ParkAtMyHouse oferece um serviço similar.

Armazenamento - Spare foot oferece anúncios para aluguer de espaço para armazenamento, recolhendo fees pelos anúncios e efectuando contratos de aluguer personalizados. Do mesmo género existe também Store at My House.

Camping - O Sueco Single Spot Camping, colocando em contacto quem tem um pedaço de terra adequado com quem procura um lugar para montar uma tenda.

B & B - Ar BNB é um mercado online que permite aos moradores ganhar dinheiro alugando o seu espaço extra, como alternativa de alojamento para viajantes cansados de hoteis.

Espaço - Uma combinação da oferta dos sites acima apresentados, Spareground é um mercado para practicamente qualquer tipo de espaço não utilizado. Os consumidores com espaço para compartilhar simplesmente criam um anúncio com a sua descrição, localização e preço. Aqueles que procuram espaço, buscam por categoria ou palavra-chave e, em seguida, contactam directamente o proprietário para combinar os termos de utilização.

Power - existem regimes ao redor do mundo que pagam aos consumidores de electricidade o excesso que eles geram, por exemplo, a partir da energia solar. No Reino Unido, a Ecotricity paga aos clientes que querem vender para a rede.

Cartões Presente - GiftCardRescue é um serviço que permite aos usuários trocar cartões presente indesejados. Os consumidores criam uma conta e fornecem detalhes do cartão que têm e a GiftCardRescue indica um valor de resgate. 

Empregos - baseada na Nova Zelândia Hire Thinks, oferece um mercado online de aluguer para micro-empresas. Pense tem tudo, desde talheres a barcos.

Publicidade - o francês carvertiser Liberty Drive oferece um programa que premia os proprietários de carros Smart na França e Suíça por participarem em campanhas de carvertising, pagando até 100 euros por mês.

Jóias - Red Swan oferece dinheiro em troca de jóias indesejadas. Com um conceito semelhante, existem ainda o Ex-Boyfriend Jewelry e o My Gold Party.

Entregas - site francês Colis-Voiturage visa reunir pessoas que tenham encomendas para enviar e motoristas que tenham viagens planeadas para o mesmo destino. Do mesmo género existe na Alemanha o Raumobil

Artes e Ofícios - Etsy, o lugar para comprar e vender coisas feitas à mão. Spoonflower na Carolina do Norte, permite aos seus utilizadores criar e imprimir os seus próprios tecidos, tendo ainda a intenção de permitir aos designers vender os seus tecidos no site.

Blogging - na Suécia, o jornal gratuito Metro criou o Metrobloggen, um serviço get-paid-per-view-blogging. Qualquer um pode criar um blog em Metrobloggen e quando um blog individual atinge 5.000 page views por mês, o Metro envia um MasterCard creditado com 150 coroas suecas ao autor.

De destacar ainda o Ebay onde é possível disponibilizar qualquer tipo de bem que se pretenda vender.

Esta é uma tendência de consumo que deveremos ter em conta num mercado como o português devido à actual crise que atravessamos, a criação de um site do género dos acima apresentados pode ser uma boa oportunidade de mercado.

Lovemarks ou Lovebrands

Todos nós temos marcas de que gostamos mais e de que gostamos menos, porém há sempre uma ou outra que não trocamos por nada deste mundo, há qual somos fieis e defendemos como algo nosso. Muitas marcas têm este poder de se conseguir relacionar com as pessoas de uma forma mais emocional, gerando engagement, exemplo disso são marcas como a Apple ou a Nike, entre outras marcas que fazem parte da nossa vida, que  são consideradas por alguns especialistas da área do branding como Lovebrands ou Lovemarks.


Este conceito de Lovemark ou Lovebrand surgiu no livro Lovemarks: the future beyond brands, de Kevin Roberts, CEO do grupo Saatchi&Saatchi onde o autor afirma que as marcas precisam de criar com nos consumidores um nível de Fidelidade para além da razão. Esta ideia defendida no livro foi também amplamente difundida pela agência, acabando por ser adoptada por outras agências.

Para conseguir esse nível de Fidelidade por parte do consumidor a marca tem de usar o Mistério, a Sensualidade e a Intimidade, criando produtos e experiências que estabeleçam engagement emocional com os consumidores e esta é a única forma de se diferenciarem de todas as outras marcas que se encontram no mercado.

A marca tem de conseguir conquistar o respeito e o amor dos consumidores, e só depois estes poderão tornar-se Consumidores Inspiradores que vão divulgar, defender e sugerir os seus produtos. Para este processo ser mais envolvente é preciso manter um canal aberto de comunicação com este consumidor mantendo envolvido com a marca.

Mas mesmo assim quem melhor do que o próprio autor e a agência para nos apresentar o conceito:


Qualquer marca pretende estabelecer um relação única com o seu consumidor e com as mudanças constantes na actual sociedade, isso começa a ser algo de fundamental para se conseguir destacar das demais marcas que surgem no mercado. Uma marca tem cada vez mais de ser relevante, dar valor acrescentado ao seu utilizador e gerar engagement com o mesmo, por forma a conseguir estabelecer uma relação duradora com o consumidor e não ser trocado próxima marca que apareça no mercado.

Isto das Lovemarks é como uma relação entre duas pessoas, encontra-se alguém com quem se gera uma relação profunda, porém se esta relação não for "devidamente" alimentada, pode surgir uma terceira pessoa na relação e dar-se uma troca de par.
Na relação com as marcas, passa-se o mesmo, uma vez que todos nós somos seres emocionais e é desta forma que estabelecemos relações. Se a marca há qual somos fieis deixar de ser relevante e não comunicar connosco, o provável é que se aparecer outra que nos escute e nos ofereça algo de relevante iremos fazer a troca.

Mas, mesmo tendo em conta tudo o que foi escrito acima, sejamos realistas nem todas as marcas podem ser Lovemarks...

Crowdsourcing

O conceito inerente ao Crowdsourcing, surgiu no livro The Wisdom of Crowds (2004) de James Surowiecki, em que o autor apresenta exemplos de como grandes grupos de pessoas a partilhar informação podem ser mais espertos que qualquer especialista. Porém, o termo em si apareceu pela primeira vez no artigo de Jeff Howe para a revista Wired, The Rise of Crowdsourcing. O vídeo abaixo explica de uma forma humorada o que é o Crowdsourcing e o que ter em conta na sua utilização:



De forma resumida, podemos dizer que Crowdsourcing é um modelo de criação e/ou produção, que conta com a colaboração e conhecimento colectivos, para desenvolver soluções e criar ideias. Neste modelo a empresa consulta a "comunidade" (crowd) de produção, apresenta o seu problema e determina o preço. As pessoas ou empresas que façam parte dessa comunidade apresentam propostas ou a solução já pronta e a empresa apenas tem de escolher a melhor. E estas soluções podem vir de amadores (entusiastas da área) até aos mais especialistas.

A internet tornou possível uma melhor organização deste tipo de procura e oferta exemplo disso são os seguintes sites:


istockphoto.com - sistema que armazena milhões de fotografias de milhares de fotógrafos, facilitando o processo de obtenção de fotos, basta entrar no site, pesquisar e comprar a foto.

Cambrain House - começou como uma comunidade de crowdsourcing, foram pioneiros na tecnologia para explorar as potencialidades da "multidão" (crowd) para as melhores ideias de software. Agora a sua comprovada tecnologia de crowdsourcing está disponível para outros através da plataforma Chaordix crowdsourcing.
A forma como a comunicade da Cambrain House se processa pode ser visionada no infrograma interactivo abaixo apresentado:




OpenIDEO - plataforma colaborativa lançada pela empresa Ideo que espera que possibilitar à "multidão" (crowd) chegar a uma variedade de soluções para os desafios colocados pelas marcas, instituições e pessoas.


Paul Marsden, no artigo Crowdsourcing: Your Recession-Prof Marketing Strategy? para a revista Contagious, dá os seguintes guidelines para o uso de Crowdsourcing por parte das empresas:

1 / Start Small: primeiro deve-se recrutar especialistas internos e efectuar pequenas experiências de crowdsourcing, só depois de se ter obtido algum sucesso com este modelo é que se deve procurar o modelo externo de buy-in. Caso contrário, o salto da contracultura do crowdsourcing pode ser demasiado grande para muitas marcas.
2 / Não esquecer a regra 90:9:1: o nível de Temper de medição de expectativas de participação, diz que apenas até 1% de toda a comunidade online contribui sempre activamente para nada; 9% normalmente votam, comentam ou classificam conteúdos; enquanto os restantes 90% apenas consomem conteúdos.
3 / Obter a mistura inpiradora certa: a participação em crowdsourcing é motivada por uma série de factores, mas resume-se aos 4Fs -Fama, Fortuna, Diversão (Fun) e Cumprimento (Fulfilment). Boas iniciativas de crowdsourcing devem oferecer aos participantes uma combinação de todos os 4Fs.
4 / Lidar com a Lei de Sturgeon: esta é uma lei complexa de entender, e é a máxima do escritor de ficção científica Theodore Sturgeon's de que "90% of everything is crap" - e isto aplica-se, também, às contribuições de crowdsourcing. Desta forma é necessário criar um sistema de filtragem, como por exemplo a votação dos utilizadores, para filtrar o lixo que possa surgir.
5 / Aproveitar a lei de Joy: Um contraponto à lei de Sturgeon é a máxima: "No matter who you are, most of the smartest people work for someone else.", atribuída ao co-fundador da Sun Microsystems, Bill Joy. A chave para um crowdsourcing inteligente é identificar e aglutinar talentos especialistas que se encontram fora da empresa.
6 / KISS: Keep it Simple, Stupid: Crowdsourcing só funciona quando a tarefa é simples para os contribuintes. Formulários longos, IT complexos e tarefas árduas são dispersores da multidão (crowd).  Um click de participação deve ser o objetivo.
7 / Regras da Comunidade: a comunidade é a cola social do crowdsourcing, por isso é importante permitir que os contribuidores da mesma mantenham contacto uns com os outros, bem como com a marca patrocinadora. Sempre que possível, deve-se construir sobre comunidades já existentes ao invés de construir novas comunidades, e manter o foco em comunidades de prática, ou seja comunidades que se baseiam no que as pessoas fazem e não no que eles pensam (designers, criativos, técnicos etc).
8 / Gerir o processo: as iniciativas de crowdsourcing precisam de ser geridas activamente. A Starbucks, por exemplo, tem uma equipa de 48 funcionários, especialmente treinados, que actuam como anfitriões de discussão, incentivando a participação e estimulando as ideias dos contribuintes. Jeff Bruzzo que comanda a equipa de crowdsourcing do Starbuck's diz: "These are the people at a dinner party who make sure everyone is having a good time.".
9 / Obter suporte jurídico: o crowdsourcing envolve frequentemente a transferência de algum tipo de propriedade intelectual, o que não é um problema em si, mas torna necessário a inclusão de uma cláusula de 'termos e condições' para os contribuintes.
10 / Promover a Plataforma: quando se usa uma plataforma, comunidade ou competição de crowdsourcing é necessário atrair de forma entusiástica os contribuidores. Para isso é necessário promover a iniciativa, o que pode ser feito com recurso, por exemplo, a banners publicitários online, anúncios do Google, campanhas de e-mail, ou meios de comunicação mais tradicionais (offline).

O Crowdsourcing pode ser uma forma de redução de custos numa empresa e ao mesmo tempo de potenciar a possibilidade de se conseguir trabalhar com os melhores de uma determinada área, mas não nos podemos esquecer que quem responde ao apelo tanto pode ser um especialista na área como um mero entusiasta e por isso, todo este processo tem de ser devidamente controlado e gerido por forma a se obter a melhor solução para o problema apresentado.

Estas foram as impressões que retirei sobre esta tendência de mercado, e vocês o que acham?

GeoMarketing

Segundo a Wikipédia,  o GeoMarketing ou Marketing Geográfico, define-se como uma abordagem ao marketing que permite a adaptação do Marketing-mix ao modo como o Mercado se organiza no espaço, ou seja, permite a análise das variáveis relevantes para o Marketing através da visualização desses dados em mapas geográficos, sendo assim uma ferramenta de optimização de decisões.

No video apresentado em baixo, é dada uma defenição simplificada e resumida de o que é, porque é que as empreas usam e como é que usam o GeoMarketing.

Apesar de o GeoMarketing sempre ter sido considerado pelo Marketing, seja pela divisão dos mercados por zonas ou países, só nos últimos anos com o desenvolvimento e generalização das tecnologias de Sistemas de Informação Geográfica (GIS) permitiu que o GeoMarketing se torna-se uma ferramenta cada vez mais comum e importante na elaboração da estratégia de Marketing das empresas.

Fernando Schmiegelow, num artigo no site Pensando Marketing, refere que o Geomarketing é hoje uma peça fundamental na tomada de decisões, uma vez que a utilização de sistemas que permitem a interligação entre mapas digitais, softwares GIS e outras bases de dados (dados sobre consumidor, lojas, concorrência, etc.), permite analisar tendências de mercado, oportunidades de negócio, monitorizar a concorrência, lançar campanhas de marketing, etc., de uma forma mais optimizada, permitindo aos gestores de marketing minimizar os erros e a subjectividade que uma decisão pode comportar.
Schmiegelow diz ainda, que para que uma estratégia delineada através do GeoMarketing seja aplicada com sucesso e possa gerar resultados, tem que se definir quais as variáveis críticas que influenciam o negócio; aqui não interessa a quantidade de informação que se tem do mercado, mas sim qual a mais relevante para a análise e para o negócio da empresa; e qual é, claramente, a área de influência, ou seja quais as actividades e pólos geradores de tráfego para o negócio.

O recurso ao GeoMarketing permite uma optimização das estratégias de marketing de uma forma mais adaptada aos segmentos pretendidos, o geomarketing permite obter dados sobre o consumidor do tipo: Onde está? Que tipo de actividades tem? O que compra? Onde compra? (etc.) E muitas vezes, este tipo de respostas é o próprio consumidor que dá, através de redes sociais, como por exemplo no Foursquare, Facebook ou Twitter. No video abaixo é descrito de forma simplificada as potencialidades que redes como estas podem trazer para um negócio e para a comunicação com o consumidor:


Pelo que li sobre este tema ao longo da minha pesquisa, considero que o GeoMarketing é uma ferramenta a ter em consideração quando se delineia uma estratégia de marketing, uma vez que, cada vez mais, devido às rápidas mudanças que se processam na sociedade, é difícil chegar a todos, por isso torna-se crítico chegar aos consumidores que nos são mais leais ou encontrar potenciais consumidores que ainda não atingimos, e para isso torna-se importante saber onde estes se encontram, o que fazem e o que querem (etc.) e é aqui que entra o GeoMarketing, possibilitando uma melhor análise do mercado, optimizando a segmentação do mesmo por forma a possibilitar uma melhor adaptação de todo o marketing-mix ao target que pretendemos atingir.

Esta é a minha perspectiva sobre o assunto e vocês o que pensam?

14 março 2011

Mood Board (parte III)

Como referi aqui um dos objectivos finais desta série de textos sobre Mood Board era o de apresentar um que de certa forma me identifique e desvende quem eu sou, os meus gostos, os meus projectos, etc., mas antes de apresentar o último que criei deixo aqui um que fiz no início do ano de 2010 e que posso dizer que no final do ano fiquei bastante satisfeita com o que consegui alcançar tendo aquele quadro inspiracional como guia:


E para fechar o tema fica o último mood board que fiz e que tem como tema de construção:

Este é o meu Mundo, esta sou EU



Entendo que possa ser complicado entender quem eu sou apartir desta imagem, mas podem sempre explorar um pouco mais aqui.

Mood Board (parte II)

Nas minhas pesquisas para responder à questão o que é um mood board e de que forma pode ser útil na àrea da inovação e criatividade na comunicação, encontrei num blog um artigo escrito por taís Vieira, publicitária e dona de um estúdio de criação chamado Logobrasil, para o site da revista abcDesign, que no meu entender explica bem o que é um mood board e como pode ser útil:
« Mood Board - Um intrumento visual de apoio aos projectos de design
Processos de projeto em design apresentam características complexas e difíceis de serem descritas em etapas bem definidas. Não é possível determinar a receita que garantirá o sucesso do layout final e isso acontece porque, ao iniciar um projeto, o designer é inserido em um ambiente que conta com a coexistência de elementos, métodos e raciocínios lógicos e subjetivos, além de situações com as quais ele não tem total controle. Enquanto alguns momentos caracterizam-se pela liberdade de escolha e uso de suas habilidades, em outros, o designer é surpreendido com eventos inesperados e/ou informações que fogem do seu domínio. Um exemplo disso é a própria compreensão das intenções do cliente ou ainda, a interpretação, criação e seleção de possíveis soluções que vão sendo empregadas pelo profissional durante a realização do projeto.
Outro aspecto que define o caráter complexo dos projetos é a geração de novos problemas a partir da superação de antigos problemas. A evolução de um projeto de design acontece em um ambiente de natureza construtiva, no qual o resultado final se origina de um constante esforço de superação de obstáculos que geram novos desafios. Conforme Kees Dorst (2003), pesquisador de processos de design, trata-se de um movimento de co-evolução no qual o designer vai desenvolvendo pares de “problema - solução” que combinem a partir da interação de análises, sínteses e avaliações.  Sob este ponto de vista, fica mais fácil compreender porque o ato de projetar dificilmente pode descrito. Ele realiza-se a partir de reflexões e decisões tomadas durante o processo, articuladas com a experiência e conhecimento próprios do designer envolvido.
Nesse cenário, designers buscam a superação dos problemas de design apoiados na manipulação de diferentes estratégias visuais, como a busca de referências, desenvolvimento de sketches, além de instrumentos que auxiliam no surgimento de insights criativos. Neste artigo vamos tratar sobre o mood board, uma ferramenta essencialmente visual que vem sendo utilizada pelo Design Estratégico devido à habilidade de atuar como um mecanismo facilitador do pensamento. Segundo estudos, o mood board auxilia na definição e no direcionamento das ideias surgidas durante um processo de projeto graças às imagens que ele sustenta.
Essa ferramenta, representada na Figura 1, apresenta-se sob a forma de um quadro que combina uma série de referências visuais que apóiam a criação de uma atmosfera do projeto, principalmente em suas etapas iniciais. A própria palavra inglesa “mood” ajuda na compreensão desse instrumento, podendo ser entendida como humor, atmosfera ou mesmo um estado temporário de nossa mente.

Figura 1
O mood board é constituído pelo designer por meio de um processo de colagem que reúne fotografias, imagens de revistas ou Internet, amostras de tecidos, desenhos, objetos, texturas e cores que, conforme Garner & McDonagh-Philp (2008), conseguem exprimir emoções e sentimentos relacionados ao briefing em questão. Este é o aspecto essencial que faz do mood board um instrumento de apoio aos projetos em design. Diferente de uma colagem cuja reunião de figuras busca uma composição artística - como no caso de algumas obras cubistas de Picasso (1881- 1973) e Braque (1882-1963) - ou de um simples painel que exibe diferentes estampas ou exemplos de cores a serem implementadas em um trabalho, as referências reunidas no mood board devem ter um sentido e uma intenção que facilitem a definição e direcionamento de ideias. Deste modo, a relevância da ferramenta está mais em seu processo de criação do que em sua aparência final, já que, enquanto o designer escolhe e fixa as imagens no quadro, o mood board lhe coloca em sintonia com o projeto, oportunizando a visualização de cenários possíveis.
A especialidade do mood board está no fato de que as imagens que ele exibe atuam como meios de comunicação bastante versáteis, capazes de construir códigos traduzidos em conceitos. Enquanto elementos muito próximos dos designers - freqüentemente usados nos projetos como referências e fontes de inspiração - as imagens permitem a interpretação de mensagens e acesso a sentidos através da interação que faz com quem as observa. No caso do mood board, as imagens facilitam a identificação e superação de problemas de projeto por incrementarem o conhecimento do designer. Ambos - profissional e ferramenta - estabelecem um diálogo enriquecedor no qual as imagens facilitam o acesso a sentimentos mais abstratos e a concepção de mensagens visuais mais profundas.
Pensemos, por exemplo, na atuação do mood board inserido no contexto de projeto de logomarcas. Sabe-se que a construção dessa importante extensão gráfica da marca requer buscar em seu discurso quais aspectos devem ser evidenciados. Trata-se, portanto, de um esforço para definir e tornar tangível (através de cores, tipografias e estilos) uma série de elementos até então abstratos. O designer atua em um ambiente subjetivo no qual a decisão pelo o uso do mood board pode facilitar o contato com sentimentos dificilmente adquiridos e explanados pelo uso de palavras.
Edit:

Imagem da http://www.flickr.com/people/auntiep/ usado com permissão

O mood board apóia o designer através da articulação do pensamento imaginativo e do raciocínio por analogia, algo que ajuda na resolução de problemas complexos pela identificação de determinados aspectos através da articulação de aprendizados novos e antigos. Observar as imagens do mood board compreende um caminho de descobertas, uma ação de desmontar e reconstituir um objeto que jamais voltará a ser igual. Trata-se da construção de novos roteiros pelo ponto de vista de cada observador o qual associa as informações percebidas a uma série experiências, lembranças e objetivos particulares. O ato de coletar, organizar e visualizar uma diversidade de imagens que buscam “dar sentido” às ideias surgidas durante o processo de projeto, faz com que seus valores intangíveis sejam traduzidos e o designer tenha a oportunidade de explorar suas habilidades e conhecimentos tácitos, acessando referências e ações de trabalhos anteriores na busca por uma visão global do problema.
O mood board apóia o registro e a representação de pensamentos do designer. As referências visuais do instrumento expressam ideias mentais que vão sendo melhor formatadas através da combinação entre conceitos e as vivências do profissional. Nesse sentido, ele assume a forma de um “guia” que é acessado para a retomada ou exclusão de informações enquanto o processo de projeto se realiza. Como uma interface de comunicação entre designer e cliente, as mensagens expressadas pelo mood board ajudam a elucidar as argumentações e as interpretações do projeto.

Referências bibliográficas:
1. DORST, Kees. Viewpoint design research: a revolution-waiting-to-happen. Design Studies Vol. 29 Nº 1, Butterworth-Heinemann, p. 5-11, 2008.
2. GARNER, S. & MCDONAGH-PHILP, D. Problem Interpretation and Resolution
via Visual Stimuli: The Use of ‘Mood Boards’ in Design Education
.
In:The Journal of Art and Design Education, 20 (1) pgs. 57-64, 2001. Obtido eletronicamente em http://search.ebscohost.com/login.aspx?direct=true&db=aph&AN=4890007&site=ehost-live (1/9/2008)
Autora: Taís Vieira | Publicitária | Mestranda em design pela Unisinos-Rs»

Tendo em conta o texto acima apresentado pode-se considerar que na sua essência um mood board é uma compilação de elementos que inspiram e ajudam a gerar ideias no início de um projecto. A ideia de se criar um mood board é a de criar um cenário que seja congruente com o que o cliente pede no briefing.
Um mood board é criado através de uma colagem de fotografias, ilustrações, screenshots, amostras de cores, palavras, formas, texturas, amostras de tecidos, em suma de tudo o que possa estar relacionado com o sentido que se tem do plano do projecto.
Como todas as técnicas de ajuda à criatividade também o mood board tem os seus prós e contras de utilização:
  • Pode-se ter em conta que nas maioria das vezes os prazos para efectuar um projecto são bastante apertados e efectuar um mood board pode retirar tempo útil à elaboração do projecto. Porém as vozes favoráveis ao seu uso dizem que o facto de se criar um guia visual e uma ideia clara da direcção que se quer seguir através de um mood board, no momento de criar o produto final ter-se-á poupado inúmeras horas de bloqueio criativo e afinação da ideia final.
  • Há também quem refira que um mood board é um elemento estático e por isso contrário a quando a intenção é proporcionar uma experiência interactiva, porém há quem diga que um mood board não precisa de se fechar na sua forma tradicional e pode mesmo ser uma apresentação multimédia ou mesmo um vídeo.
  • Um dos factores mais favoráveis à sua utilização é a possibilidade de envolver o cliente durante o processo de criação para não se investir tempo na direcção errada, ou seja, ao apresentar e discutir o mood board criado, com o cliente, torna-se claro que se ouve o cliente e se tem em consideração os seus imputs e, ao mesmo tempo, permite afinar e perceber melhor qual a direcção que o cliente pretende seguir.
Numa perspectiva mais técnica há que ter em conta que as formas de apresentar um mood board são imensas e não há fórmulas correctas, este pode ser um poster, um pdf, uma apresentação multimédia ou mesmo um vídeo. Até mesmo no estilo se pode optar por uma vertente de colagem ou de template, como os exemplos a baixo apresentados (encontrados no blog webdesignerdepot):

Mood Boards criados para uma loja de roupa e acessórios para bebé

Para além dos estilos mais ou menos estruturados, também as ferramentas e formas de se criar mood boards são diversificadas e tanto podem ser digitais como manuais.
Dentro das digitais temos a possibilidade de usar qualquer programa de tratamento de imagem ou edição (ex.: Photoshop, Illustrador, html, etc) ou mesmo ferramentas já existentes na internet que permitem gerar mood boards. Segue uma pequena listagem:
No que se refere à forma manual de criar um mood board pode-se seguir um vertente simples de um painel / poster de colagens mais ou menos ordenadas ou mesmo de um caderno onde se guardam diferentes ideiais criativas:

Imagem por Svanes

Imagem por Ann D

Para finalizar deixo uma listagem de algumas das áreas onde se utiliza os mood board, que como podem ver são áreas que requerem um certo grau de inovação e criatividade:
  • Arquitectura
  • Arquitectura Paisagista
  • Publicidade
  • Criação de Marcas
  • Design de Interiores
  • Design de Moda
  • Web Design
  • Design Gráfico
  • Design de Jogos
  • Filmes
  • Pintura
  • Música
  • Organização de Eventos
  • entre tantas outras.
Deixo ainda alguns exemplos (encontrados no site Viget Inspire) da aplicação de mood boards a algumas destas áreas:

Arquitectura Paisagista

Design de Interiores

Desgin Gráfico

Design de Moda

Organização de Eventos (planeamento de casamento)

Em conclusão, e após a extensa pesquisa que efectuei para elaborar este texto, entendo que o mood board pode ser uma mais-valia na elaboração de um projecto seja ele profissional ou pessoal, pois permite visualizar a ideia e a direcção que se pretende seguir, servindo o mesmo de referência ao longo de todo o processo.

Esta é a minha visão e vocês o que acham? Vale ou não a pena investir um pouco do tempo de um projecto na elaboração de um mood board?

08 março 2011

Mood Board

O que é? Para que serve? Porquê fazer um? Como fazer um?

Muitas são as questões que levantei para poder responder e perceber o que é um Mood Board e quais as razões para criar ou não um.
O que vos vou apresentar é fruto da minha pesquisa sobre este tema e ao mesmo tempo a minha percepção sobre o mesmo (sim durante o processo percebi que já usava este método mesmo sem lhe dar um nome específico).
Para isso, nos próximos dias vou explicar o que é um Mood Board, quais os prós e contras em cria-los e trabalhar com eles e em que àreas são normalmente usados. Irei também mostrar como criar um Mood Board (tendo em conta algumas das àreas em que é usado) e que ferramentas podem ajudar nesse processo.
O objectivo desta pesquisa é o de perceber as possibilidades que um Mood Board pode ter no desenvolvimento de um projecto e quando é útil a sua utilização, e ao mesmo tempo apresentar um Mood Board que responda à questão Quem Sou Eu? e que ao mesmo tempo sirva de guia ao projecto que é a minha vida em constante construção e mudança (tendo a plena consciência que daqui por uns tempos o provavel é que o tenha de reformular e criar um novo).

Fiquem por aí e espero que gostem da viagem por este mundo em constante mudança.